A pandemia da Covid-19 tem causado danos enormes tanto na parte sanitária quanto no setor econômico. Para quem empreende, no entanto, é importante saber quais as áreas mais afetadas pelo coronavírus.
Esse conhecimento permite ao empreendedor ter um benchmark de comparação das suas perdas com o padrão do mercado e traçar estratégias que ajudem a consertar a questão.
Por isso, a Cielo divulgou o Boletim Cielo na última semana com dados importantes que permitem especular sobre as áreas mais afetadas pelo coronavírus.
Quer saber mais sobre o assunto? Então siga a leitura!
Quais são as áreas mais afetadas pelo coronavírus?
De acordo com o Boletim Cielo, a queda no faturamento no varejo brasileiro foi de 27,3% desde o início de isolamento social em março de 2020, incluindo o período de quarentena em alguns estados brasileiros.
A boa notícia para o setor econômico é que os números mostram uma desaceleração da queda de faturamento em relação ao mesmo período do ano passado, embora o prejuízo ainda siga alto.
Nas primeiras 3 semanas de março, quando a preocupação com o novo coronavírus ainda era baixa, a queda foi sensível, mas pequena: 7,7%.
No entanto, a quarta semana de março registrou o maior baque: queda de 52,3% em relação a 2019. Em seguida, os números foram melhorando:
- queda de 43,3% na primeira semana de abril;
- redução de 38,5% na segunda semana de abril;
- queda de 38,4% na terceira semana de abril.
Os números mostram, portanto, que desde o fim de março até a terceira semana de abril houve uma desaceleração natural da queda de atividade econômica no país.
A diminuição do faturamento, no entanto, não foi homogênea em todos os setores. Quando dividimos as informações entre grupos de Bens Não Duráveis (comida, supermercado, farmácia, etc.), Bens Duráveis (móveis, carros, lojas de departamento, vestuário) e Serviços (turismo, restaurantes, pet shops, etc.), a diferença entre os segmentos fica óbvia.
O que aconteceu com o setor de Bens Não Duráveis durante a quarentena?
Até aqui, o setor de bens não duráveis foi quem registrou os melhores números. De março até aqui, registrou queda de apenas 0,5%, chegando a ter uma alta no consumo durante as três primeiras semanas de março (11,4%).
Dentre as subdivisões do segmento, as farmácias e os supermercados registraram alta no período. Confira a seguir:
– no caso das farmácias, houve aumento de 18,6% nas três primeiras semanas de março, mas depois houve quedas significativas em todas as outras semanas;
– já os supermercados registraram crescimento no faturamento em todas as semanas de março até aqui, com média de 15,9% mais vendas nesse período.
Postos de gasolina e outros setores de bens não duráveis registraram quedas na base dos 28,2% e 24,9%. É importante ter atenção, no entanto, que as médias enganam por causa do baque ocorrido na última semana de março e seguintes.
Por exemplo, nas três primeiras semanas de março os postos de gasolina perderam 7,2% do faturamento. No entanto, na semana seguinte e nas outras perderam mais de 40% em todas elas. Isso mostra que a queda foi significativa e maior do que a média indica.
O que aconteceu com o setor de Bens Duráveis durante a quarentena?
No setor de bens duráveis, a queda média foi de 42,6%. No entanto, a média “engana” por causa de um resultado ruim, mas não tão ruim nas 3 primeiras semanas de março (-14,3%).
Na última semana de março, por exemplo, o setor chegou a ter 81,4% de queda. De lá para cá, o resultado melhorou progressivamente até registrar queda de 49,1% na terceira semana de abril.
Quem mais sofreu no setor foi o de vestuário, que perdeu 59,2% no acumulado. No entanto, da quarta semana de março até a terceira semana de abril o movimento nas lojas de roupas foi quase nulo com quedas de 91,9%, 92,1%, 88,1% e 83,1% em relação ao mesmo período de 2019.
As lojas de materiais para construção tiveram quedas menores: na quarta semana de março registraram um pico de 59,7% de queda, mas já recuperaram para 9,9% de queda na terceira semana de abril.
E com o setor de serviços?
No geral, o setor de serviços foi quem registrou o maior baque e está entre as áreas mais afetadas pelo coronavírus. A queda acumulada foi de 54,9%.
Como não é difícil de prever, o setor de turismo foi quem mais perdeu movimento: 68,4% no acumulado. A média engana, no entanto, já que o setor registrou 3 semanas com mais de 90% de queda entre o fim de março e agora.
Bares e restaurantes também registraram uma perda grande de movimento (49,7% no acumulado), sobrevivendo graças ao movimento em aplicativos de entrega, o que não está disponível para todos ainda.
A área de serviços automotivos e de autopeças teve um baque na quarta semana de março de 67,4%, mas vem se recuperando: a queda na terceira semana de abril foi de “apenas” 27,2%.
O que os números indicam?
Os números mostram que as áreas mais afetadas pelo coronavírus são a de serviços e de bens não duráveis, enquanto setores essenciais conseguiram até mesmo registrar um crescimento.
Isso mostra que é mais urgente do que nunca pensar em medidas para salvar o seu negócio durante a crise do coronavírus, evitar demissões e conseguir lidar com a situação.
Para as empresas, existem ferramentas e opções como linha de crédito do governo e adiamento de tributos que podem facilitar nesses meses de pandemia.
No entanto, lembre-se que o trabalho de consultoria de contabilidade pode ser essencial para evitar a falência nesse momento. Um bom planejamento financeiro pode ajudar a sua empresa a apertar os cintos e passar pela dificuldade.
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