Com o crescimento contínuo do setor de tecnologia e o aumento da demanda por profissionais de desenvolvimento de software, muitos desenvolvedores optam por trabalhar como freelancers ou consultores autônomos.
Neste contexto, a figura do Microempreendedor Individual (MEI) surge como uma alternativa atrativa para formalizar a atividade e garantir benefícios como a cobertura previdenciária.
No entanto, surge a pergunta: Desenvolvedores podem se tornar MEI?
No artigo de hoje, vamos explorar a possibilidade de desenvolvedores se registrarem como MEI. Também vamos falar sobre as vantagens e desvantagens dessa escolha, além de detalhar os aspectos legais e burocráticos envolvidos.
A ideia é oferecer um panorama completo para auxiliar profissionais do desenvolvimento de software a tomar a melhor decisão para suas carreiras e seus negócios.
Boa leitura!
O que é MEI? Entenda o conceito e as vantagens
Microempreendedor Individual (MEI) é um regime tributário brasileiro simplificado criado em 2008 com o objetivo de formalizar trabalhadores autônomos e pequenos empresários.
Esse status jurídico permite que o empreendedor tenha CNPJ, possa emitir notas fiscais. Também tenha acesso a empréstimos bancários com juros menores e a benefícios previdenciários, como aposentadoria e auxílio-doença.
Para se tornar um MEI, o profissional deve ter um faturamento anual de até R$81.000,00, não pode ser sócio ou titular de outra empresa e pode ter no máximo um empregado.
Existem várias vantagens associadas a se tornar um MEI:
- Simplicidade e Baixo Custo: O processo de abertura de um MEI é simples e você pode fazer online. Além disso, o custo mensal é baixo e fixo, variando ligeiramente dependendo do tipo de atividade exercida (comércio, indústria ou serviços).
- Benefícios Previdenciários: Ao tornar-se MEI, o empreendedor passa a contribuir para o INSS e, consequentemente, tem direito a benefícios como aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade, entre outros.
- Emissão de Nota Fiscal: Ter um CNPJ permite ao MEI emitir notas fiscais, o que é um requisito para muitas empresas ao contratar serviços.
- Credibilidade e Profissionalismo: Ser um MEI pode dar mais credibilidade ao profissional, pois demonstra seriedade e compromisso com o trabalho.
- Acesso a Crédito: Com um CNPJ, os MEIs geralmente têm acesso a linhas de crédito com condições mais favoráveis.
Lembrando que, apesar das vantagens, é fundamental analisar se esse modelo de negócio se encaixa no perfil e nas necessidades do profissional antes de optar pela formalização como MEI.
Quem pode ser MEI: Análise dos critérios de elegibilidade
A categoria de Microempreendedor Individual (MEI) se criou para abranger uma ampla gama de profissões, desde artesãos e vendedores ambulantes até prestadores de serviços diversos.
O faturamento anual máximo permitido para um MEI é de R$ 81.000,00, ou seja, uma média mensal de R$ 6.750,00. Se o negócio se inicia em meio ao ano fiscal, o limite de faturamento será proporcional aos meses restantes.
O MEI pode ter no máximo um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.
Nem todas as atividades profissionais são permitidas para o MEI. É necessário verificar a lista de ocupações permitidas atualizada pelo Comitê Gestor do Simples Nacional.
Para se tornar um MEI, o indivíduo não pode ser sócio, administrador ou titular de outra empresa.
É importante ressaltar que o profissional que se enquadrar como MEI também deverá fazer a declaração anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI), onde informará o faturamento bruto do ano anterior.
Caso o MEI ultrapasse o limite de faturamento ou se enquadre em outra situação que o desenquadre dessa categoria, ele se desloca automaticamente para a categoria de microempresa e deverá cumprir com as obrigações fiscais e tributárias dessa nova categoria.
Desenvolvedores de software e o MEI
Nem todas as atividades profissionais estão habilitadas para se tornarem MEI e os desenvolvedores não estão na lista de ocupações permitidas.
No entanto, existem algumas ocupações relacionadas à tecnologia da informação que estão inclusas na lista, como “Reparação e manutenção de computadores e de equipamentos periféricos” e “Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis”.
Mas é importante lembrar que essas atividades não cobrem integralmente o que um desenvolvedor de software faz.
Assim, muitos desenvolvedores de software que desejam se tornar MEI acabam registrando-se sob categorias que não correspondem exatamente à sua atividade, o que pode trazer complicações futuras, como problemas com a fiscalização.
No cenário ideal, o Comitê Gestor do Simples Nacional atualizaria a lista de ocupações permitidas para incluir os desenvolvedores de software, já que esta é uma profissão em crescimento e de extrema importância na economia digital.
No entanto, até que isso aconteça, os desenvolvedores devem buscar orientação profissional para entender qual é a melhor forma de formalização para eles.
É essencial que o desenvolvedor consulte um contador ou advogado especializado para entender melhor as implicações de se registrar como MEI e se é a melhor escolha para o seu caso.
Ainda que o MEI apresente várias vantagens, como facilidade de abertura e custos reduzidos, ele pode não ser a melhor opção para todos os desenvolvedores de software.
O Simples Nacional como melhor opção de abertura de empresa para o desenvolvedor
O Simples Nacional é um regime tributário que simplifica o pagamento de impostos para micro e pequenas empresas, combinando oito tipos de impostos municipais, estaduais e federais em um único boleto.
Ele foi criado para facilitar a vida dos empreendedores, reduzindo a burocracia e, em muitos casos, diminuindo a carga tributária.
O Simples Nacional simplifica o pagamento de impostos ao unificar oito impostos em um único boleto. Isso facilita a gestão financeira da empresa.
Em muitos casos, a carga tributária sob o Simples Nacional é menor do que nos outros regimes, o que pode resultar em economia significativa para a empresa.
As empresas enquadradas no Simples Nacional podem faturar até R$4,8 milhões por ano, o que dá mais espaço para o crescimento do negócio em comparação ao MEI.
Ao contrário do MEI, que permite apenas um empregado no Simples Nacional, a empresa pode ter um número maior de funcionários. Ele também permite explicitamente a atividade de desenvolvimento de software, o que evita possíveis problemas com a fiscalização.
Lembrando sempre que, apesar dessas vantagens, cada caso é único e você pode analisar de forma individual.
A decisão de como formalizar seu negócio deve ser feita com base em uma análise cuidadosa de suas necessidades, seus objetivos e sua situação financeira.
Por isso, é sempre recomendável buscar aconselhamento de um contador especializado antes de tomar essa decisão.
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