Muitos donos de lojas virtuais acabam negligenciando uma boa gestão de contabilidade de e-commerce. Alguns, inclusive, sequer regularizam suas lojas, evitando abrir um CNPJ para executar o serviço. A consequência disso é viver sempre na informalidade, com o risco de pagar multas e sofrer sanções sérias da Receita Federal. É o famoso caso de “o barato sai caro”.
As lojas virtuais não são mais o futuro da economia nacional, mas o presente. Em 2020, a previsão de faturamento delas era de R$100 bilhões, um valor recorde que pode ter sido obtido pela pandemia do novo coronavírus. Afinal, sem poder sair de casa, as pessoas passaram a comprar mais pela Internet. A crise apenas acelerou um processo que já parecia inevitável antes mesmo da pandemia.
Se você pretende montar uma loja digital ou já tem uma, precisa entender como funciona a contabilidade de e-commerce e aprender quais ações realizar para cuidar das suas obrigações contábeis. Siga a leitura para saber mais sobre o assunto!
Como regularizar um e-commerce?
É possível ter uma loja digital registrada em um CPF ou em um CNPJ. Isso porque a identificação fiscal é exigida ao montar o sistema de pagamento, e ambos os dados são aceitos. Depois disso, basta o empreendedor declarar seus ganhos como Pessoa Física ou Pessoa Jurídica.
No entanto, vale a pena abrir um CNPJ para o e-commerce por causa das vantagens que isso gera. Por exemplo:
- CNPJ passa mais confiança ao consumidor;
- permite emitir notas fiscais;
- tem acesso a linhas de crédito mais vantajosas;
- a carga tributária é menor.
Qual regime tributário escolher?
Ao abrir um CNPJ para a sua loja virtual, será preciso escolher um regime tributário para ela. A melhor escolha dependerá de uma série de fatores. As opções são as seguintes:
- MEI;
- Simples Nacional;
- Lucro Real;
- Lucro Presumido.
Dentre todas as opções, o MEI é o mais restritivo. Em primeiro lugar, o empresário não pode ser dono ou sócio de nenhum outro negócio. Em segundo, ele só pode ter um faturamento anual de R$81.000,00.
Dentre as outras opções, o Lucro Real é interessante para as lojas de maior volume de vendas pois permite deduzir o dinheiro investido em anúncios publicitários. No entanto, pelas alíquotas tributárias, ele passa a ser interessante somente após um volume mensal de R$4 milhões em faturamento.
Dentre o Simples Nacional e o Lucro Presumido, a melhor alternativa dependerá basicamente do faturamento da loja. Se ela faturar bastante (mas abaixo de R$78 milhões por ano), o Presumido pode ter as melhores alíquotas. Já se ficar acima do limite do MEI e com menos de R$4,8 milhões por ano, o Simples Nacional pode ser o mais interessante.
Quais os impostos a pagar?
Os impostos que um e-commerce deve pagar são os mesmos que uma loja física, com a diferença na tributação do ICMS (que é cobrado em vendas interestaduais). Esse tributo é recolhido somente pelo estado de destino nas compras feitas online. As alíquotas variam de Estado para Estado e é importante ver uma tabela do ICMS atualizada para saber qual tributo calcular.
Além do ICMS, ainda cobram-se:
- Imposto de Renda de Pessoa Jurídica;
- Contribuição Social sobre Lucro Líquido;
- PIS/COFINS;
- INSS;
- ISS.
Cada regime tributário tem a sua alíquota e método de pagamento. No Simples Nacional, por exemplo, todos os tributos são cobrados em uma única DARF. Já os outros são recolhidos de maneira distinta.
Como fazer um bom planejamento de contabilidade de e-commerce?
Além do pagamento de impostos, a contabilidade para e-commerce também é composta pelo planejamento financeiro e outras obrigações básicas de uma loja virtual.
Caso o negócio tenha um ou mais funcionários, é necessário processar a folha de pagamento, com o salário dos colaboradores e seus direitos trabalhistas. A gestão da parte financeira, incluindo as contas para pagar e receber, controle do fluxo de caixa e outras obrigações também recai sobre a contabilidade, especialmente quando a loja contrata um BPO Financeiro.
Isso pode ser vantajoso porque um e-commerce precisa de um controle de fluxo de caixa estratégico. Afinal, é preciso pagar fretes e gerenciar a retirada de dinheiro dos serviços de pagamento para a conta da empresa ou do dono do negócio (via pró-labore). Esse trabalho deve ser feito por especialistas que saibam como controlar o ritmo de recebíveis e compromissos a pagar.
Agora que você já entendeu um pouco mais sobre como funciona a contabilidade de e-commerce, é hora de começar a considerar opções de escritórios para ajudar a gerenciar a parte contábil da sua loja. É importante contar com o apoio de um escritório que trabalhe com o mercado digital e que tenha experiência na área, de modo a entender as particularidades que um e-commerce oferece.
Está procurando por um bom escritório de contabilidade para sua loja? Então entre em contato com a nossa equipe e saiba como a RR Soluções pode ajudar na evolução do seu negócio!