Você sabe como escolher o regime tributário correto para a sua empresa? Essa é uma decisão importante, já que os impostos são uma grande parte dos gastos de uma empresa no Brasil.
Dependendo da escolha do regime tributário, uma empresa pode gastar alguns milhares de reais a mais (ou a menos) do que deveria com outra opção.
Nós listamos abaixo algumas dicas para ajudá-lo a escolher o melhor regime tributário para a sua empresa. Continue lendo para saber como evitar gastos acima do necessário!
Conheça todos os regimes tributários disponíveis atualmente
Não há como fazer uma escolha de maneira consciente e embasada se não houver conhecimento de todas as alternativas disponíveis, não é mesmo?
Por isso, é altamente recomendável que haja um tempo para estudar com calma todos os regimes tributários disponíveis no momento.
O primeiro deles é o MEI (Microempreendedor Individual). Este regime é válido somente para empreendedores que trabalham sozinhos ou com um funcionário, no máximo, além de registrar faturamento anual máximo de R$ 81 mil.
Se não for o seu caso, a opção seguinte é o Simples Nacional. Este regime tributário é destinado para micro empresas com receita bruta anual de até R$ 360 mil, além de EPPs (Empresas de Pequeno Porte) com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões.
A terceira opção de regime tributário é o Lucro Presumido, adequado para empresas com faturamento anual máximo de até R$ 78 milhões. Aquelas que possuem um faturamento acima desses valores optam pelo Lucro Real.
É importante ressaltar que esses limites de faturamento só são obrigatórios em relação ao teto do regime. Por exemplo: se uma empresa de chocolates faturar R$ 3 milhões por ano, ela não pode optar pelo MEI (pois seu faturamento está acima do teto desse regime), mas pode escolher entre Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real.
Projete o seu faturamento para o próximo ano fiscal
Depois de conhecer os 4 tipos de regimes tributários disponíveis no Brasil, o próximo passo é tentar projetar um nível de faturamento para a sua empresa no ano fiscal que se inicia.
Para fazer isso, devemos começar do básico: qual o faturamento da sua empresa no ano que se encerrou. Comece com esse dado!
A partir daí, faça uma previsão de crescimento ou recuo com base no histórico da sua companhia e no cenário econômico nacional.
Por exemplo: se os indicadores apontam para um crescimento do PIB em 2% no ano, é seguro afirmar que sua empresa poderá registrar um crescimento no faturamento também, especialmente se ela já vem de uma série de ascensões.
É claro que é difícil projetar, com certeza, o nível de crescimento de uma empresa com um ano de antecedência, mas o importante é ter uma base para saber quais os regimes tributários disponíveis para uma escolha futura.
Calcule os gastos com impostos para esse faturamento
De posse da projeção de faturamento para o ano, chegou a hora de fazer alguns cálculos e considerar quais os custos de cada regime tributário com base nessa receita esperada.
Imagine uma indústria (digamos que uma fábrica de copos plásticos) fature R$ 4 milhões em 2019, por exemplo. Ela tem à sua disposição três regimes tributários a escolher: o Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.
Considerando apenas o seu faturamento bruto, ela pagaria o seguinte para cada um desses regimes:
- Simples Nacional – R$ 484.400;
- Lucro Presumido – R$ 1.365.200;
- Lucro Real – R$ 2.319.400.
Nesse caso, o melhor é o Simples Nacional, claro. Mas, e se ela subir seu faturamento para R$ 5 milhões?
Com essas condições, ela não poderia optar pelo Simples Nacional. Então, o mais interessante seria o Lucro Presumido.
Mas isso não é tudo! Existe um outro elemento que pode influenciar na escolha do regime tributário ideal…
Considere outros gastos tributários da sua empresa
Cada regime tributário cobra determinadas alíquotas dos impostos destinados às empresas. No Simples Nacional, por exemplo, o governo junta tudo numa única taxa. Já no Lucro Presumido ou Lucro Real, esses valores variam.
Além disso, o governo compreende que parte desses tributos são pagos no dia a dia, durante as movimentações financeiras dessas empresas. Portanto ele oferece descontos, dependendo do regime escolhido.
Imagine que aquela fábrica de copos plásticos tenha faturado R$ 5 milhões no ano, mas teve R$ 3,8 milhões de despesas com salários, investimentos e outros. Nesse caso específico, o imposto seria menor no Lucro Real do que no Lucro Presumido (uma diferença de 13,5%, mais ou menos).
Já se esse faturamento subir para, digamos, R$ 8 milhões, a situação se inverte: fica mais barato ir pelo Lucro Presumido do que pelo Lucro Real.
Analise todas as informações antes de escolher um regime tributário
Vejamos abaixo um resumo das informações que conferimos neste artigo sobre como escolher um regime tributário para sua empresa:
- estude todos os tipos de regimes tributários;
- projete o faturamento para o ano;
- calcule o imposto principal sobre o faturamento;
- calcule o impacto de outros tributos (e descontos) de acordo com cada regime.
Levando essas informações em consideração, ficará mais fácil escolher o regime tributário ideal para a sua empresa.
Caso tenha alguma dúvida ou queira uma equipe de profissionais treinados para ajudá-lo nessa decisão, não hesite em entrar em contato conosco!