A folha de pagamento é um dos elementos mais importantes para o sucesso de uma empresa. Afinal, para que o negócio seja sustentável, é necessário equilibrar bem os seus recursos. Portanto, na hora da contratação, é importante fazer o cálculo PJ x CLT para saber qual é o mais vantajoso para a sua empresa.
Segundo o Sebrae, 50% das empresas fecham as portas nos seus primeiros 4 anos de vida. São muitas as razões para isso: falta de planejamento financeiro, plano de negócios ruim e muito mais, como os custos de contratação, por exemplo.
Para que a empresa tenha mais chances de ser bem-sucedida, é importante saber como organizar os gastos e operar de maneira leve e enxuta. Para isso, é essencial fazer o cálculo PJ contra outros modelos de contratação.
Quer ver como fazer isso? Basta seguir a leitura abaixo!
Como funciona o cálculo PJ x CLT?
Existem muitos modelos de contração para uma empresa escolher, cada um deles com um conjunto específico de condições a serem seguidas tanto pelo contratante quanto pelo contratado.
Além de um conjunto de condições, também há um determinado número de impostos e encargos trabalhistas em cada regime. Por causa disso, há diversas vantagens ou desvantagens para contratados e contratantes.
Enquanto o Contrato Verde e Amarelo ainda não é aprovado pelo Congresso, são 2 as principais formas de contratação para as empresas: Pessoa Jurídica (PJ) e CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
A contratação via PJ é aquela em que o contratado apenas presta serviços para o contratante como se fosse uma empresa. Nesse sentido, devem ser respeitadas certas condições, evitando que haja os 4 elementos abaixo ao mesmo tempo:
- subordinação hierárquica;
- pessoalidade;
- assiduidade;
- remuneração.
Já a contratação via CLT é a mais comum no mercado, sendo aquela em que o contratado se torna um trabalhador empregado no quadro de funcionários da companhia. Nesse caso, os quatro elementos acima se encontram na relação de trabalho e criam um vínculo empregatício.
Qual é a melhor contratação?
As duas modalidades de contratação trazem suas vantagens e benefícios. Por isso, para entender qual é a melhor delas, será necessário considerar o contexto e as condições de cada empresa e segmento.
Como fazer o cálculo PJ x CLT?
Para decidir qual dos métodos de contratação é o mais vantajoso para a sua empresa, é necessário fazer o cálculo PJ x CLT, ou seja, comparar os custos de contratação pelos dois métodos.
Felizmente, o cálculo é muito fácil de ser feito e você mesmo pode realizá-lo com o auxílio de um lápis e um pedaço de papel. Basta saber como os dois regimes funcionam. Vamos lá?
Como calcular os gastos com contratação PJ
A contratação PJ se destaca por uma característica muito simples: por via de regra, a empresa que contrata um profissional Pessoa Jurídica não paga nada além da remuneração acordada com ele. Pois é: os únicos gastos extras com esse regime são os necessários para gerar a nota fiscal.
Dependendo do acordo entre a empresa e o profissional Pessoa Jurídica, os custos da nota fiscal podem ou não estar embutidos na remuneração bruta. Neste caso, seria necessário adicionar 4,50% de impostos.
Por exemplo, suponha que as duas partes concordaram em uma remuneração de R$5.000,00 para a execução de um projeto específico durante 1 mês. Nesse caso, o valor de tributo que o PJ pagaria seria de R$225,00. Assim, a empresa pagaria R$5.225,00, com a nota sendo emitida no valor de R$5.000,00, com o restante sendo usado para quitar o tributo.
Como calcular os gastos com contratação CLT
A contratação CLT se destaca por ter maior segurança jurídica e mais direitos para os trabalhadores, mas isso vem a um custo específico, determinado pelo regime tributário da companhia.
No Simples Nacional, que é o regime mais usado pelas pequenas empresas, as alíquotas são as seguintes:
- 8% do salário vai para o FGTS;
- 1 salário integral mais 1/3 para férias;
- 1 salário integral para 13º salário;
- até 6% do salário para vale-transporte.
Além disso, dependendo do segmento da empresa, ela ainda terá de contribuir com o RAT (uma taxa específica que varia de 1 a 3% dependendo da localização e área da empresa). Já negócios que usam o Lucro Real ou o Lucro Resumido pagarão o RAT e também o INSS Patronal (20% do salário) e a Alíquota de Terceiros (5,8% do salário).
Qual é o mais vantajoso? Veja um exemplo prático
Se você quer saber qual a opção mais vantajosa do ponto de vista financeiro, basta fazer uma conta simples. Suponha que você vai contratar um profissional pelo salário de R$2.000,00. As contas ficariam assim:
Cálculo PJ
- Salário = R$2.000,00;
- Imposto (opcional) = R$90,00;
- Total, no pior caso = R$2.090,00.
Cálculo CLT
- Salário = R$2.000,00;
- FGTS = R$160,00;
- Proporcional de férias = R$222,22;
- Proporcional de 13º = R$166,67;
- Vale-transporte = R$120,00;
- Total = R$2.668,89.
Com o cálculo PJ x CLT, fica claro qual é a versão mais econômica para a empresa. No entanto, nem toda decisão deve ser tomada pensando só no lado financeiro. Por exemplo, a contratação CLT costuma reter mais talentos e, em alguns casos, não é permitido contratar PJ.
Por isso, se você está em dúvidas sobre qual a melhor modalidade ou quais cargos dentro da sua empresa podem ser PJ, entre em contato com a nossa equipe e descubra como um escritório de contabilidade pode ajudá-lo!