Cometer erros de contabilidade é normal para qualquer tipo de empresa, mas são as de pequeno porte que sofrem mais com eles.
A razão para isso é simples: os erros contábeis, normalmente, custam caro para serem corrigidos. Seja por causa de perdas de oportunidades ou multas, as empresas perdem dinheiro a cada erro cometido.
Como as pequenas empresas têm uma reserva financeira menor para absorver os erros, acabam sofrendo mais com essas situações.
Por isso, é importante conhecer quais os erros mais comuns de contabilidade nas empresas e se precaver para não cometê-los também.
Siga a leitura!
1. Não controlar as entradas e saídas de produtos
O dia a dia de uma pequena empresa é muito corrido. É necessário trabalhar em alta velocidade para conseguir cuidar de todas as responsabilidades e competir em mercados cada vez mais acirrados.
Por esse motivo, é comum que o pequeno empresário esqueça de verificar informações importantes como a entrada e saída de produtos. Falando mais popularmente, a compra e venda de produtos.
Sem esse controle, o empresário fica de mãos atadas, sem poder fazer um planejamento contábil ou financeiro, sem ter gestão de estoque ou aumentar a eficiência da sua empresa. Isso porque qualquer ação que vise melhorar o desempenho da companhia vai exigir uma métrica de comparação, como é o caso da entrada e saída de produtos.
2. Não fazer a escrituração contábil
O elemento mais básico da contabilidade – a ação mais simples que o contador faz – é a escrituração contábil.
Basicamente, a escrituração contábil é o registro físico de todas as movimentações financeiras de uma empresa. Gastou-se R$-100 em matéria prima? Anota-se. Entrou R$-150 de vendas? Registra-se. A folha de pagamento foi liquidada em R$-3.000? Marque a informação.
Isso é necessário, pois cria um documento poderoso para fazer a análise financeira da sua empresa. Por exemplo, suponha que você esteja sempre no prejuízo e não sabe mais o que fazer e como fazer.
Consultando sua escrituração contábil, você pode descobrir exatamente para onde o seu dinheiro vai e resolverá a questão.
3. Errar na margem de lucro do produto
O preço de venda de um produto é ditado pela relação entre oferta e demanda do mercado, mas também pelos custos de produção dele.
Por exemplo, imagine uma empresa que produza cadeiras. Ela gasta 500 gramas de madeira para fazer uma cadeira e compra a tonelada do material por R$-5.000,00. Logo, cada quilo custa R$-5,00 e cada cadeira leva o equivalente a R$-2,50 de matéria-prima.
Isso sem falar em despesas de energia, mão de obra e outras que entram na composição de custo total do produto.
O valor que sobra depois de retirado o custo do produto é a margem de lucro da empresa. Ou seja, é o que ela ganha a cada cadeira vendida.
Não existe uma margem de lucro “ideal”. Alguns dizem que é, no mínimo, 20%. Todavia, para alguns nichos, a margem de lucro média é de 8%, 5%. Esse percentual varia de mercado a mercado.
O importante é que o empresário saiba exatamente qual a sua margem de lucro, como ela se compara ao mercado e como fazer para alterá-la para efeitos estratégicos.
4. Misturar finanças pessoais e empresariais
Um erro clássico cometido por micro e pequenas empresas é misturar as finanças pessoais do dono com as do negócio em si.
Assim, um dinheiro que entra no faturamento da empresa acaba sendo usado para pagar o aluguel, a conta de gás ou o supermercado do dono, entre outros.
Esse erro prejudica o controle preciso das finanças da empresa e não permite atestar sua verdadeira lucratividade. Apenas para deixar um exemplo simples de como isso prejudica a companhia, pense na possibilidade de pegar uma linha de crédito para comprar uma máquina nova, por exemplo.
Se parte do lucro da empresa é retirado sem controle para pagar as contas pessoais do dono, então a companhia não apresentará saúde financeira aceitável para receber a linha de crédito.
5. Não fazer planejamento tributário
O planejamento tributário é parte essencial da vida contábil de uma empresa. É nele que decidimos qual regime tributário usar e como utilizar leis e incentivos para aumentar a lucratividade dessa empresa.
É importante, no começo de cada ano contábil, fazer um cuidadoso planejamento para usar as ferramentas da contabilidade de modo a fazer sua empresa crescer.
Por exemplo: será que não é possível pagar menos impostos com uma mudança de regime tributário? Será que não há um incentivo tributário que você não está aproveitando por desconhecimento ou não ter as contas em dia?
6. Tentar fazer tudo sozinho e sem ajuda
É muito comum que as pequenas empresas cometam erros de contabilidade por tentarem fazer tudo sozinhos.
A lógica é a seguinte: pelo faturamento ser baixo, o dono tende a achar que não é possível pagar por um contador ou uma consultoria contábil. Assim, ele tenta fazer tudo sozinho e, claro, comete erros – que são naturais.
É importante entender que não, não é necessário fazer tudo sozinho. É possível encontrar apoio contábil que caiba no seu bolso!
7. Não aprender com erros de contabilidade
Por fim, claro, não poderíamos deixar de citar o mais comum dos enganos contábeis: não aprender com erros de contabilidade.
Errar é humano e todos cometem erros. O problema é continuar se enganando e não colocar em prática medidas que previnem esses problemas, deixando que eles se repitam.
Mas você já deu o primeiro passo para não cometer mais erros de contabilidade: leu esse nosso artigo e aprendeu muito com ele. Agora, que tal dar o passo seguinte e parar de lidar com tudo sozinho na sua empresa?
Para isso, entre em contato com a gente e saiba como podemos ajudá-lo com a sua contabilidade!